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Juros altos elevam busca por consórcios em Goiás


Juros altos elevam busca por consórcios em Goiás

Os juros mais altos ajudaram a impulsionar o mercado de consórcios em Goiás. A venda de novas cotas cresceu 22,6% e o número de participantes ativos aumentou 11% no ano passado no Estado, desempenho bem acima da média nacional. A alta na taxa Selic, que no período de um ano foi de 2% para 10,75%, elevou os juros dos financiamentos e deixou as taxas de administração dos consórcios mais competitivas.

 

Em 2021, foram comercializadas 141.838 novas cotas, contra 115.732 em 2020. Com uma taxa de administração na faixa dos 20% por contrato, bem abaixo dos encargos anuais dos financiamentos, os planos de consórcio se tornaram opção mais econômica para quem pode planejar a aquisição de um bem a mais longo prazo. Além de imóveis e veículos, também é crescente a procura por consórcios de serviços, onde o valor recebido pode ser destinado a cirurgias plásticas, festas ou viagens.

 

A alta de 23,4% no número de contemplações no ano passado também pode ter motivado a aquisição de novas cotas. Para o presidente executivo da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (Abac), Paulo Roberto Rassi, há uma mudança no comportamento do consumidor, que passou a adotar o planejamento financeiro para comprar o primeiro imóvel ou carro ou fazer upgrade.

 

Além disso, muitos consumidores que não conseguiram ter seu financiamento autorizado ou consideraram os juros pesados podem ter recorrido mais ao consórcio. Mas ele adverte que é preciso ler bem o contrato e ter ciência de que a carta de crédito só pode ser antecipada por sorteio ou lance. “Ninguém deve acreditar em promessas de contemplações imediatas. Você pode ser contemplado na primeira ou na última assembleia. Também é preciso acompanhar o desempenho financeiro do grupo de perto”, alerta Rassi.

 

Vale lembrar que recursos do FGTS também podem ser usados para lance, obedecendo as condições do conselho curador do fundo. Os planos têm prazos médios que vão de 180 a 240 meses para imóveis e 80 meses para automóveis. “Å medida em que a crise afetou os negócios e o poder aquisitivo caiu, as administradoras se adaptaram, com a formação de grupos com prazos maiores para que as prestações coubessem mais no bolso do consumidor”, conta o presidente da Abac.

 

Para ele, uma das maiores vantagens do sistema é que a taxa de administração é diluída ao longo do prazo de duração do grupo. Uma taxa de 20% num contrato de 200 meses resulta em 0,1% ao mês. Vale lembrar que se trata de um autofinanciamento, onde os participantes do grupo pagam uma contribuição mensal para que todos consorciados recebam. “Sendo contemplado, o participante. pode comprar qualquer imóvel no valor da carta de crédito”, destaca.

 

O Sicredi está entre as dez maiores administradoras de consórcios do País. Em novembro e dezembro de 2021, uma ação promocional engajou cerca de 15 mil novos associados, com a venda de R$ 1,48 bilhões em crédito. Foram os melhores meses de vendas da história de consórcios no Sicredi. Só em dezembro, o crescimento foi de 404% sobre o mesmo período de 2020.

 

Para o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Sicredi Cerrado Goiás, Bruno Paiva Martins, além da taxa de administração ser menor que juros de mercado, outra vantagem é que o sistema não exige entrada. “A pessoa pode usar até uma parte da carta de crédito para dar o lance”, destaca. É o chamado lance embutido. Em 2021, o Sicredi atingiu a marca de R$ 20 bilhões em carteira de crédito de consórcios. Por ser direcionado apenas a cooperados, o sistema tem taxas de administração menores que a média de mercado: de 6% a 13%, de acordo com o segmento. “Uma taxa de 10% em 5 anos resulta em apenas 2% por ano”, lembra.

 

O diretor de Consórcios e Crédito Imobiliário do Itaú Unibanco, Thales Ferreira Silva, lembra que, em 2021, a instituição lançou contratação 100% digital pelo app do banco. “Vamos focar em aumentar nossa participação no setor e liderar um movimento de ressignificação dos consórcios em nossa sociedade, potencializando mais o seu crescimento”.

 

Para adquirir uma nova motocicleta, o auxiliar administrativo Jean Rodrigues optou por um plano de consórcio. Usou o sistema de lance embutido para antecipar o acesso ao bem e foi contemplado apenas dois meses depois. A carta de crédito de R$ 30 mil resultou em prestações mensais de R$ 500. “Penso em adquirir um outro plano futuramente”, avisa Jean.

 

 

 

Fonte: O POPULAR

Link: https://opopular.com.br/noticias/economia/juros-altos-elevam-busca-por-cons%C3%B3rcios-em-goi%C3%A1s-1.2415306

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